SOARES, UMA ESPÉCIE DE BISPO DA BANCARROTA

Ora vamos lá analisar, pela enésima vez, o magistério de influência nula e estafada de Mário Soares, na sua velhice erecta, cheia de tesão a defender o Primadonna naquela clubite passional que relega para longe, bem longe, o País. Ei-lo agora misericordioso com o Estado Social fodido por aquele, em pleno Não-Há-Dinheiro. Há poucos anos, éramos bombardeados com o facto consumado e consumido de não haver alternativa a Sócrates, Sapateiro da Independente, e a uma práxis económica opaca, devastadora, sem qualquer escrutínio no seu amiguismo putrescente. Mas isso agora não interessa nada aos escandalizados de última hora. Alguém lhe pergunta, a Soares, na enfadonha entrevista no DN: «Choca-o esta política em que se fala de que é preciso o empobrecimento do país?» E Soares, que tem tudo a ver com isto, que apoiou, com toda a testosterona de que é capaz, o empobrecimento implícito à Mentira Ambulante, em 2009, responde placidamente, repetido coreuta maçónico-internacional-socialistóide: «Absolutamente. Trata-se de um erro fatal. Sem desculpa!» E o perguntador volta a perguntar, muito no estilo catastrofista e 'continuista' do Pedro Adão e Silva, órfão de onde se apoie sem o seu peluche-de-dormir, Sócrates: «Este momento marca definitivamente o afastamento ideológico entre o PS e o PSD?» É preciso ter um País inteiro, passento, é certo, mas cuja memória está abaixo de zero e ainda mais abaixo de merda para não obrigar o Velho Soares da Descolonização Catastrófica a evocar obrigatoriamente os quinze anos de antecedentes socialistas assassinos do Estado Social e do Diabo a Quatro: «Não se pode dizer isso porque há muita gente do Partido Social Democrata que, como se sabe, está muito crítico pela forma como este governo tem estado a governar. Sem uma estratégia clara para o futuro.» Se se está a referir-se a Pacheco Pereira e a Manuela Ferreira Leite, bastantes suspeitos em matéria de misericórdia e sensibilidade social, recorde-se a magnitude horrorosa dos ajustes de contas do ferreira-leitismo/pacheco-pereirismo, velhas questiúnculas internas, os maus fígados e as incompatibilidades muito pessoais.

Comments

Anonymous said…
Os soares, os adões, os alegres, os tó-zés, os jardins, os proenças e os da silva, os zorros e os zorrinhos, os inventores e os chulamente-montados-no-orçamento, os nicolaus, os ricardos e os balsemões, os jornalistas e os opinadores, os das juntas e os das comissões - todos protestam e juram a pés juntos que seria possível (na perfeição!...) ter estas falas soberbas para com os nossos credores e prestamistas: "ora nós, para continuarmos a viver, precisamos de Tanto; mas exigimos continuar na mesma, e mudar NADA no nosso modo de vida. Por isso passem para cá o dinheiro"; e "eles", a tremer das pernas, passavam. O Estado Social, tal como o conhecemos, nasceu em alturas de crescimento económico de dois dígitos, em alturas em que as mulheres começavam a entrar finalmente no mercado de trabalho, em alturas em que as matérias primas eram baratas, em altura em que havia muito mais 'novos' do que 'velhos', e em que as reformas eram pagas ao longo de 6 a 7 escassos anos (após os quais o beneficiário esticava o pernil com rapidez e sem ressonâncias magnéticas...); mas nada disto existe mais. Ignorar estes factos não é só fantasia; é uma irresponsabilidade que bordeja a criminal loucura de pinto-de-sousa. O barrete serve até onde cada um aceitar.

Ass.: Besta Imunda

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